A ciência está sempre em busca de compreender os fatores que influenciam a longevidade humana, e uma das áreas exploradas é a relação entre genética e expectativa de vida. Entre os elementos estudados, o tipo sanguíneo tem ganhado destaque, especialmente o tipo O, que tem sido associado, em algumas pesquisas, a uma vida mais longa quando comparado aos tipos A, B e AB.
Essas associações vêm de estudos epidemiológicos que identificaram uma menor incidência de doenças crônicas entre pessoas com sangue tipo O. Entre os exemplos mais citados estão as doenças cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), que estariam ligados a diferenças nos níveis de proteínas envolvidas na coagulação do sangue. Além disso, há indícios de que o tipo O possa apresentar menor risco para alguns tipos de câncer e maior resistência a certas infecções.
Apesar desses achados, é importante entender que eles apontam apenas correlações e não determinam resultados individuais. Ter sangue tipo O não garante longevidade, assim como possuir outros tipos sanguíneos não implica viver menos.
De forma bastante consistente, a ciência demonstra que hábitos de vida saudáveis são muito mais decisivos para uma vida longa do que o tipo sanguíneo. Alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos, evitar o cigarro, controle do estresse e acesso a serviços de saúde de qualidade são os verdadeiros pilares de uma boa saúde e maior expectativa de vida.
A longevidade é resultado de uma combinação de fatores: genéticos, ambientais, comportamentais e socioeconômicos. O tipo sanguíneo é apenas uma pequena parte dessa equação. Por isso, embora seja curioso conhecer as correlações científicas sobre o tema, o foco de quem busca viver mais e melhor deve estar nas escolhas diárias que promovem o bem-estar e a saúde ao longo do tempo.